sábado, 4 de novembro de 2017

Ao salpicar o céu da boca com o inesperado gosto da fruta!

                       

A falsidade entre os homens não terá mais serventia












"O que Nascer em Mortal Condição
Com a terra se há-de-ver consumido..."
William Blake
( Poeta e Artista Plástico )
1793 D.C.


Quando içares as velas
Em fuga célere do teu destino,
Não deixarás as lembranças
Marcarem o teu inóspito caminho.
Sentirás mais leve e livre
Dos tomentos de ser humano,
Em vasto fado de morrer sem saber
O verdadeiro motivo de estar docemente
Marcada em teu gene: tamanha sina.
E os teus infinitos desejos,
Ao longo desta trajetória impune,
Jamais serão em vão...
Se ficares atenta, ainda que medonha
Força estranha nos oprima,
Sentiremo-nos mais fortes
Quando a esperança ainda brotar,
E nos fazer acreditar que exista algum lugar
Sem a truculenta e funesta mentira!
Mesmo que o manto negro mortal nos possua
Em pecado original e ainda nos resigne:
O amor divino finalmente triunfará,
Libertando de todo mal que nos abriga:
A solidão não precisará mais guarida!
E a roda da fortuna será um livro aberto,
Sem esconder nada ao acaso vinga:
Onde a pureza sublime reinará
Inevitavelmente, todos os dias.