Ó constelar sensação do efêmero,
Vem meteoricamente do infinito:
Quero beber todas suas estrelas!
Numa bodega com Rimbaud e Pessoa.
Num trago áspero e mortal
Na esquina do mundo, na beira do Zênite
Contemplando o passar dos astros
No final dos tempos, ainda não vividos,
Embriagar-nos-emos da lucidez absurda
Sem ter pena deste pobre corpo,
Desta matéria vã e finita.
E depois sairemos caminhando pela areia,
Nesta plenitude, na comunhão do êxtase,
A seguir passos já marcados pelo relógio
Previsível e irreversível do tempo...
Sentindo o frescor das espumas das ondas
Espraiando-se ao redor deste mundo,
Do mar que banha este véu intergaláctico
A que nós humanos, chamamos de imensidão.
MCN: EFSER-795MY-VT6WM © copyright Tue Dec 14 10:25:43 UTC 2010 - All Rights Reserved